Santo Euphrosynus Cozinheiro, de Alexandria (11 de Setembro)
Santo Euphrosynus
Cozinheiro, de Alexandria
Euphrosynus era monge em um dos mosteiros palestinos, e tinha como obediência trabalhar como cozinheiro. Trabalhando duro em prol da comunidade, Euphrosynus nem por isso retirava seu pensamento de Deus, mas antes vivia em jejum e oração, sempre lembrando também que a obediência é o primeiro dever do monge. Sua paciência era maravilhosa: frequentemente era reprovado por seus irmãos, mas não reclamava e suportava cada comentário insatisfeito. Santo Euphrosynus agradava o Senhor por meio de sua virtude interna, que escondia dos olhos das demais pessoas; e o próprio Senhor revelou à comunidade as alturas espirituais de seu modesto irmão. Um dos padres do mosteiro orava e pedia a Deus para que lhe mostrasse as bem-aventuranças preparadas para os justos no século vindouro. O sacerdote viu em um sonho como era o Paraíso, e contemplou sua beleza inexplicável com temor e alegria. Ele também percebeu que lá se encontrava um monge de seu mosteiro, o cozinheiro Euphrosynus. Maravilhado com este encontro, o presbítero perguntou ao cozinheiro como ele tinha vindo parar lá. O santo respondeu que se encontrava no Paraíso através da grande misericórdia de Deus. O padre pediu então a Euphrosynus algo da beleza que lhes rodeava. O santo sugeriu ao sacerdote levar aquilo que quisesse, e assim ele apontou para três maçãs suculentas que cresciam no Jardim do Paraíso. O santo monge então colheu-as, enrolou-as em um pano, e deu as maçãs ao seu irmão.
Quando o sacerdote acordou pela manhã pensou que a visão havia sido somente um sonho, mas repentinamente notou que próximo a ele se encontrava o pano e as frutas do Paraíso, que emitiam uma prodigiosa fragrância. O padre encontrou santo Euphrosynus na Igreja e lhe perguntou sob juramente onde ele havia estado na noite anterior. O cozinheiro respondeu que havia estado onde o sacerdote também se encontrava. E continuou, dizendo que o Senhor, realizando os pedidos do padre, havia mostrado a ele o Paraíso e, através dele, ''o mais indigno dos servos de Deus'', lhe concedido os frutos do Jardim. O sacerdote descreveu todas estas coisas à comunidade monástica, destacando a elevação espiritual de Euphrosynus e apontando para os frutos paradisíacos. Os monges, profundamente afetados pelo que ouviram, correram para a cozinha para prestar respeitos pelo santo, mas não o encontraram lá. Fugindo da glória humana, Santo Euphrosynus havia deixado o mosteiro. O lugar em que se escondeu permaneceu desconhecido, mas os irmãos mantiveram sua memória. Reverentemente, eles mantiveram e distribuíram pedaços das maçãs do Paraíso como bençãos e para curas.
Tropário
Viveste com grande humildade,
Em trabalhos de ascetismo e na pureza da alma,
Ó justo Euphrosynos,
Por uma visão mística demonstraste a alegria celeste que encontraste.
Portanto, fazer-nos dignos de tua intercessão.
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