e a Santa Virgem Justina

Cipriano era antioquino, e foi consagrado por seus pais ao estudo e culto dos deuses pagãos desde a mais tenra idade. Estudou nos mais renomados centro dos paganismo de fins do século III: Taurópolis, Memphis, Babilônia, Argos e Monte Olimpo. Destacando-se na sabedoria e filosofia pagã, tornou-se sacerdote e desenvolveu poder para invocar os mais impuros espíritos e submetê-los ao seu comando após ter contemplado e conversado com o próprio satã. Retornando a Antioquia, adquiriu fama entre seus compatriotas por seu domínio da magia, de encantamentos, seu poder para espalhar pragas e pestilências e conjurar os mortos. Na cidade vivia a Santa Virgem Justina, que passava os dias em jejum, oração e celibato. Um jovem de nome Aglaides propôs-lhe casamento e, diante da recusa, procurou Cipriano para ajudá-lo. O sacerdote pagão utilizou todos os seus feitiços, mas nada parecia atingir a vontade de Santa Justina, que permaneceu impassível diante de todos os estratagemas e magias. Furioso e ferido em seu orgulho, Cipriano invocou demônios não apenas contra a virgem, mas também contra sua família e até mesmo contra toda a cidade, mas eles foram expulsos e derrotados pelas humildes orações da santa. Invocando o diabo, perguntou-lhe o que iria fazer quando se encontrasse face a face com Cristo, já que temia a simples menção do sinal da cruz. Tomado de sincero arrependimento ao perceber a inutilidade da magia frente a Igreja, Cipriano queimou todos os seus livros em público e procurou a paróquia de sua cidade. Após converter-se, dedicou sua vida à Igreja, combateu os templos pagãos e os sacrifícios a ídolos e tornou-se Bispo renomado por sua atividade pastoral. Santa Justina, por sua vez, tornou-se abadessa. Quando da perseguição de Diocleciano, em 304, ambos foram levados a Nicomedia, onde foram torturados e enfrentaram o martírio por decapitação.